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Foto do escritorConexão Mata Atlântica RJ

Bom para a propriedade e para o meio ambiente

Atualizado: 6 de jun. de 2018



No município de Barra do Piraí, microbacia do Rio das Flores/Ipiabas, região sul do estado do Rio, cerca de 16 proprietários rurais já manifestaram interesse em participar do Conexão Mata Atlântica, até o momento. Um deles é o agricultor Leandro Gonçalves, 48 anos, que deu início a preparação de sua proposta para o edital de seleção pública. O agricultor mantém uma produção artesanal de queijo, iogurte e manteiga, além do cultivo de hortaliças, vendidas ao comércio local.


A rotina de trabalho no Sítio Santa Marta, com cerca de 24 hectares é puxada, mas Leandro conta com o suporte da esposa Fernanda Carla, que é responsável pelas vendas e divulgação dos produtos. A filha Paula, estudante de oceanografia, foi quem quem deu a ideia do cultivo da pequena horta. "Eu não gostava muito da ideia, mas tem dado certo. Pretendo adotar outras técnicas de manejo e ampliar a produção".


O possível beneficiário do Conexão Mata Atlântica conta que ficou sabendo do projeto por meio da Emater local, um dos parceiros institucionais, e acredita que a inciativa pode ajudar os agricultores da região a aumentarem a capacidade produtiva de forma mais sustentável.

“Além de beneficiar a nossa propriedade, também beneficia o meio ambiente. É importante conscientizar as pessoas da importância de preservar os recursos naturais. Se não, vem a natureza e cobra a conta. Como aconteceu com a seca, que nos obrigou a reduzir o consumo de água e cuidar das nascentes”, afirma Leandro.


O agricultor tem adotado ações que auxiliam na preservação dos recursos naturais. Há dois anos, por inciativa própria, Leandro resolveu cercar uma pequena nascente localizada em sua propriedade e que acabou se tornando uma área de conservação de cerca de 3 hectares. “Depois que eu cerquei a nascente deixei o capim crescer e virou uma pequena floresta em volta. Em dois anos o volume de água já aumentou”.


Com os recursos que espera receber do projeto Conexão Mata Atlântica, por meio do Pagamento por Serviços Ambientais (PSA), Leandro pretende inovar e investir na implantação de sistemas silvipastoris, uma opção tecnológica que consiste na combinação intencional de árvores, pastagens e gado numa mesma área e ao mesmo tempo.


Leandro planeja ampliar a produção da propriedade sem perder o conceito artesanal. “As pessoas valorizam cada vez mais os produtos artesanais, feitos com alimentos naturais, sem química. Estamos correndo atrás do selo de inspeção municipal para vender nossos produtos aqui para a nossa região mesmo”, afirma o produtor.


Vida no campo

Logo cedo, aos 15 anos, Leandro fez a escolha de sair da cidade e morar com o avó na fazenda da família, onde vive até hoje com a esposa. “Já tentei trabalhar em outros ramos, mas gosto mesmo é de trabalhar com a terra”, conta.


A propriedade é uma herança de família. Atualmente, depois que comprou uma parte do irmão, Leandro se tornou dono de duas frações da terra.

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