Em outubro, início do período das chuvas e também o momento ideal para o plantio de árvores, o Conexão Mata Atlântica lançou a terceira edição da Campanha de Fortalecimento do Meio Rural, para doação de mudas nativas da Mata Atlântica, além de espécies madeireiras e frutíferas, para aceleração de ações de restauração florestal e implementação de práticas de conversão produtiva, como o sistema silvipastoril e agroflorestal, nas áreas de intervenção do projeto no estado do Rio de Janeiro.
O escritório local de Valença e Barra do Piraí, localizado no Campus da Faculdade de Medicina Veterinária de Valença (HVE/UNIFAA), disponibilizou cerca de 3 mil mudas - produzidas e cedidas pela Cedae - para produtores rurais localizados nas microbacias atendidas pelo projeto. Cerca de 30 pessoas, entre produtores rurais da região já beneficiados ou não pelo Conexão Mata Atlântica, já retiraram e plantaram as mudas em ações de restauração ou de implantação de sistemas agroflorestais.
Nas outras áreas do projeto, os produtores rurais interessados em desenvolver ações de restauração florestal ou implementação de sistemas silvipastoris e agroflorestais podem consultar a disponibilidade de mudas nos escritórios locais.
Reflorestando Vidas - A Companhia Estadual de Águas e Esgotos (Cedae) desenvolve um importante trabalho de produção de mudas para ações de reflorestamento da própria instituição e para apoiar outras iniciativas, como o Conexão Mata Atlântica. Por meio do programa Replantando Vida, a companhia cerca de 1,8 milhão de mudas por ano, de cerca de 250 espécies, sendo 32 delas em extinção.
A mudas são produzidas em cinco viveiros florestais estruturados e parte das mudas são produzidas com mão de obra prisional no viveiro da Colônia Penal Agrícola de Magé. Os apenados são beneficiários de um convênio firmado entre a Cedae e a Fundação Santa Cabrini - FSC, gestora do trabalho prisional no estado do Rio de Janeiro.
O convênio entre a Cedae e o projeto Conexão Mata Atlântica prevê a doação de até 250 mil mudas (o equivalente a cerca de 150 hectares reflorestados) ao longo da execução do projeto, que tem previsão de conclusão em 2022. Até o momento, o Conexão recebeu da Cedae e distribuiu mais de 15 mil mudas de cerca de 40 espécies diferentes.
As ações têm como foco a recuperação de mata ciliar e proteção de nascentes, com o intuito de melhorar o sistema de abastecimento público de água. “As calhas dos rios e cursos d’água ficam menos assoreadas com a proteção da mata ciliar a água que chega para o tratamento chega com uma qualidade melhor”, explica Alcione Duarte, coordenador do programa de reflorestamento da Cedae.
Além da Cedae, o Conexão Mata Atlântica conta com o apoio dos Hortos Florestais Estaduais do Inea para o fornecimento de mudas que dão suporte às ações do projeto.
Confira o mural de fotos com alguns dos produtores que já foram retirar as suas mudas na UEL de Valença:
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