O café Tassinari, da cafeicultora Inês Zoli Tassinari (in memoriam), de São José do Vale do Rio Preto, na região Serrana, foi eleito o melhor café do estado, com 87,31 pontos, pelo Concurso de Qualidade do Café do Estado do Rio de Janeiro, promovido pelo Sebrae Rio. Com 86,25 pontos, a produtora Carlinda Vargas, de Varre-Sai, no Noroeste Fluminense, conquistou o segundo lugar. No terceiro lugar houve empate entre Everardo Tardin Erthal, de Nova Friburgo, e Fidélis José de Oliveira Rodolphi, de Varre-Sai, ambos com 85,25 pontos.
Entre os finalistas está o produtor rural José Ferreira Pinto, também de Varre-Sai, aprovado no primeiro edital de seleção pública do projeto Conexão Mata Atlântica. O café produzido por José no Sítio Malacacheta conquistou a décima posição. A pontuação foi divulgada apenas até o quinto colocado. A divulgação dos vencedores aconteceu no dia 10 de outubro na histórica Fazenda Florença, em Conservatória, distrito de Valença, no Vale do Café.
Cafeicultura em Varre-Sai
O município de Varre-Sai, uma das áreas de atuação do projeto Conexão Mata Atlântica, teve uma grande representatividade no concurso. Entre os dez finalistas, seis são da região que mantém uma forte tradição no cultivo de café e tem despertado para a produção de grãos especiais. “Concursos como esse incentivam a produção de produtos com maior qualidade e insere o estado do Rio na rota de cafés especiais. O resultado mostrou que temos aptidão para produzir cafés com excelente qualidade”, afirma José Ferreira Pinto, que também é presidente da Coopercanol - Cooperativa dos Produtores de Café do Noroeste Fluminense.
Segundo José, programas estaduais como o Rio Rural, da Secretaria Estadual de Agricultura, têm contribuído para o desenvolvimento da atividade cafeicultora na região de Varre-Sai, graças aos investimentos em infraestrutura e disseminação de práticas inovadoras que impulsionam a produtividade. “O Rio Rural tem beneficiado muitas propriedades da região com construção e manutenção de caixas de retenção, plantio em curva de nível, proteção de nascentes e outras ações. O programa apoia o cafeicultor”.
Para José Ferreira Pinto, o projeto Conexão Mata Atlântica, que além de recompensar pela preservação da floresta destina os recursos de Pagamentos por Serviços Ambientais (PSA) para a melhoria e crescimento da produção, será mais um importante apoio para o produtor rural da região. “Tenho que bater palma para uma iniciativa que reconhece o valor de quem preserva. Muitas vezes o produtor rural é acusado injustamente de degradar, mas ele também é responsável pela preservação de maior parte da nossa floresta. O PSA é um direito do produtor rural que conserva um bem para toda a sociedade”.
O projeto Conexão Mata Atlântica beneficiará 39 produtores rurais localizados no município de Varre-Sai. O produtor José Pinto é um dos beneficiados e será recompensado por conservar 0,65 hectares de floresta nativa e restaurar 0,25 hectares em sua propriedade. Com os recursos do Salto Tecnológico, o produtor investirá em práticas para o controle da erosão e conservação do solo.
O Concurso
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