Boa parte dos produtores e proprietários rurais do estado do Rio de Janeiro beneficiados pelo projeto Conexão Mata Atlântica no primeiro edital (nº 02/2018) já receberam a segunda parcela de Pagamentos por Serviços Ambientais (PSA). Os pagamentos começaram a ser realizados em janeiro deste ano e, até o momento, dos 162 produtores rurais contemplados, 128 já foram autorizados a receber os incentivos, totalizando a liberação de mais quase R$ 798 mil. A previsão é que até o final de abril os pagamentos da segunda parcela tenham sido concluídos, somando mais de R$ 1 milhão em recursos de PSA neste segundo ciclo de liberações de PSA.
Para receber a segunda parcela, os produtores selecionados no primeiro edital precisam comprovar a realização das ações ambientais e a correta aplicação dos recursos da primeira parcela de PSA, realizada no ano passado. Os beneficiários ainda terão mais dois ciclos de recebimentos de recursos até 2022, possibilitando investimentos e maior potencial de desenvolvimento sustentável em suas propriedades e microbacias.
Segundo Gilberto Pereira, coordenador executivo do projeto no estado do Rio de Janeiro, a avaliação do andamento do projeto e aplicação dos recursos é muito positiva. “Os participantes e beneficiados estão empenhados com o projeto e realmente cumprindo suas atividades e fazendo jus aos incentivos oferecidos. A continuidade do trabalho em campo, realizando os cuidados e as melhorias ambientais vêm criando um grande ciclo de oportunidades e benefícios para os participantes, para os negócios rurais, para o estado e para toda a sociedade que também é beneficiada com os serviços ambientais recuperados e mantidos nestas propriedades.”
Investimentos Os recursos deste segundo clico de pagamentos já começaram a ser aplicados pelos produtores rurais em inovações, insumos, equipamentos agrícolas e melhorias para o desenvolvimento do negócio rural.
O agricultor e pecuarista, Ricardo Nunes, da Fazenda São Pedro, em Italva, investiu o recursona recuperação do trator que estava parado. “O trator vinha acumulando problemas há uns três anos. Desde a parte hidráulica, a caixa de marcha, embuchamento, pneus. E ele é essencial para o meu trabalho, nos serviços gerais na propriedade, para o preparo da terra para o plantio, roçada e também no preparo de canteiros para olericultura. Agora teremos um grande impulso na produção. O recurso me ajudou muito.”
Como Ricardo, muitos outros estão avançando com suas ações e projetos produtivos. Grupos locais (associações, cooperativas e organizações de proprietários rurais) também têm gerado ótimas iniciativas de investimento e desenvolvimento. Para o coordenador executivo, o momento atual do projeto mostra o quanto o mecanismo tem se apresentado um grande motivador na mudança da realidade das comunidades rurais.
“Onde tínhamos ausência de oportunidades e dificuldades de melhorias ambientais agora, trazemos recursos, assistência técnica, conhecimento e desenvolvimento. O fortalecimento das organizações locais, o apoio aos trabalhos de assistência técnica rural, as oportunidades de investimento e melhoria das condições de produção vêm de encontro aos anseios e demandas de geração de oportunidades, emprego e renda, dando folego aos negócios rurais com recuperação e manutenção da qualidade ambiental. Em tempos de dificuldades de investimento e de grande necessidade de apoio às economias locais do estado do Rio de Janeiro, o projeto Conexão Mata Atlântica tem gerado um excelente círculo virtuoso, no qual ações ambientais geram qualidade de vida e investimentos geram sustentabilidade social e ambiental. Ou seja, uma grande oportunidade para o estado e para os negócios rurais”, afirma Gilberto.
As oportunidades e incentivos estão avançando e a intenção é possibilitar impactor positivos para o estado com um todo. Contudo, sempre mediante o comprometimento e participação dos proprietários e produtores rurais do estado como os principais agentes dessa mudança.
No estado do Rio de Janeiro, o projeto Conexão Mata Atlântica tem integrado e aprimorado políticas de incentivo e PSA, por meio da Secretaria de Ambiente e Sustentabilidade (SEAS) e da Secretaria de Agricultura, Pecuária, Pesca e Abastecimento (SEAPPA). A execução é realizada pelo Instituto Estadual do Ambiente (INEA) em parceira com a Emater-Rio.
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