O projeto Conexão Mata Atlântica, conduzido pela Secretaria de Estado do Ambiente e Sustentabilidade (Seas), em parceria com a Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária, Pesca e Abastecimento (Seappa), celebrou em evento no Museu do Amanhã na última semana, o pagamento de mais R$ 7,8 milhões em Pagamentos por Serviços Ambientais (PSA), destinados a mais de 280 produtores rurais de seis municípios do estado do Rio de Janeiro desde 2017. Os agricultores beneficiados desenvolvem ações ambientais para conservação de florestas nativas, restauração ecológica e adoção de práticas produtivas mais sustentáveis em mais de 2.680 hectares em áreas prioritárias para recuperação e manutenção de serviços ecossistêmicos.
O evento apresentou os resultados, lições e legados alcançados pelo projeto Conexão Mata Atlântica, hoje considerada a principal iniciativa de PSA do estado do Rio de Janeiro e que será ampliada na próxima fase, tornando-se um programa estadual. A celebração também marcou a conclusão da primeira etapa do Conexão Mata Atlântica com financiamento do Fundo Global do Meio Ambiente (GEF) por intermédio do Banco Interamericano do Desenvolvimento (BID).
Na ocasião, também foi firmada parceria entre a Seas e o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para investimento de R$ 400 milhões no âmbito do programa Floresta Viva, destinados à cadeia da restauração florestal fluminense nos próximos seis anos. A iniciativa terá o Fundo Brasileiro para a Biodiversidade (Funbio) como gestor operacional.
"O Brasil é um país agrícola e o Rio de Janeiro está focado em otimizar essa realidade. Por meio de ações como esta, incentivamos a produção de alimentos que abastecem nossa população ao mesmo tempo em que promovemos a preservação ambiental. Com os Pagamentos por Serviços Ambientais, valorizamos nossos produtores rurais e valorizamos a nossa natureza. É uma realidade prática do tão falado e desejado desenvolvimento sustentável”, celebra o vice-governador e secretário de Estado do Ambiente e Sustentabilidade, Thiago Pampolha.
Para a subsecretária Marie Ikemoto, o projeto deixa um legado consistente para as políticas de PSA no estado. “Os resultados alcançados – não só ambientais, como também sociais e econômicos – mostram que o mecanismo de PSA é capaz de contribuir para um futuro mais sustentável, com a participação e valorização dos produtores rurais, que têm um papel muito importante para a mitigação das mudanças climáticas, redução de eventos climáticos, bem como para a garantia da segurança hídrica e alimentar”.
O presidente da Emater-Rio, Marcelo Costa celebra este encontro que, para ele, é um marco: “Como um dos coordenadores do projeto Conexão Mata Atlântica, é gratificante acompanhar os resultados exitosos do mecanismo de Pagamentos por Serviços Ambientais (PSA) no estado do Rio. Essa união entre as instituições envolvidas, fortalece a busca de recursos às comunidades rurais, contribuindo, ainda mais, para o fortalecimento da política pública fluminense”, frisa.
Durante o painel "Parcerias e integração: iniciativas de restauração e PSA no estado do Rio de Janeiro", mediado pelo Superintendente de Mudanças do Clima e Florestas (Seas), Telmo Borges, os parceiros institucionais do projeto The Nature Conservancy (TNC), Fundação Grupo Boticário, CEDAE e BNDES apresentaram ações desenvolvidas em parceria com a Seas e o projeto Conexão Mata Atlântica.
Parceiros locais, como o Centro Universitário de Valença (UNIFAA), associações de agricultores, cooperativas e produtores rurais beneficiados pela iniciativa, além dos técnicos locais do projeto e extencionistas rurais da Emater-Rio que atuaram diretamente na mobilização e monitoramento das ações desenvolvidas pelos agricultores, também estiveram tiveram a oportunidade de compartilhar um pouco da experiência e aprendizados com o projeto Conexão Mata Atlântica.
O evento no Museu do Amanhã contou ainda com uma exposição de produtos pelos agricultores que integram o projeto e o lançamento de um vídeo com depoimentos dos produtores beneficiados pelo Conexão Mata Atlântica no estado.
O evento foi transmitido pelo YouTube do Instituto Estadual do Ambiente e do projeto Conexão Mata Atlântica.
Sobre o projeto O Conexão Mata Atlântica é uma iniciativa do Governo Federal, por meio do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), e dos governos dos estados do Rio de Janeiro, São Paulo, Minas Gerais, com apoio financeiro do Fundo Global para o Meio Ambiente (GEF) e do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID). A Fundação de Empreendimentos Científicos e Tecnológicos (Finatec) é a responsável pela gestão operacional.
No Rio, o Conexão Mata Atlântica tem atuado em parceria com a Emater-Rio em seis microbacias localizadas nos municípios de Italva, Cambuci, Varre-Sai, Porciúncula, Valença e Barra do Piraí, incentivando práticas ambientais que contribuem para a manutenção dos fragmentos florestais de Mata Atlântica conservação da biodiversidade e dos recursos hídricos da Bacia Hidrográfica do Rio Paraíba do Sul.
As ações incentivadas, que incluem proteção de florestas e nascentes, restauração de áreas degradadas, integração de árvores nativas em sistemas produtivos (Agrofloresta e Silvipastoril) e a adoção de práticas de conservação do solo e água, são reconhecidas e recompensadas financeiramente por meio do mecanismo de Pagamentos por Serviços Ambientais (PSA). Os recursos são revestidos pelos produtores rurais em diversas inovações e melhorias dos negócios rurais, o que o projeto chama de Salto Tecnológico.
Sou apaixonada por plantas amo a natureza
Silvia Helena Muller