Com o objetivo de comparar os teores de carbono e fertilidade do solo com diferentes usos o aluno de Geografia da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ), Pedro Henrique de Castro, tem realizado o estudo comparativo do solo em algumas áreas atendidas pelo projeto Conexão Mata Atlântica no interior do estado do Rio de Janeiro: municípios de Varre-Sai (microbacia Varre-Sai) e Porciúncula (microbacia Ouro). O trabalho conta com orientação da professora doutora Cássia Barreto Brandão, assistente de Pedologia/Geomorfologia da UERJ.
Em julho deste ano, foram coletadas amostras superficiais (cerca de 20cm de profundidade) de diferentes tipos de solo, entre eles áreas de mata nativa, mata ciliar, área de pousio (entre safras), monocultura de eucalipto e agrofloresta. A análise química do material coletado está sendo realizada pelo Laboratório de Ciência do Solo, da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (USP/ESALQ).
“Estou animado! Na coleta já foi possível perceber a diferença do material, que apresentou bem menos matéria orgânica nos locais onde o solo estava mais degradado. Escolhi analisar a mesma área do projeto Conexão Mata Atlântica por já estarem sendo desenvolvidas algumas ações de conservação e restauração. Os dados também poderão ser úteis para outras ações ou pesquisas”, explica o Pedro Henrique.
O estudo conta com o apoio do projeto Conexão Mata Atlântica e do Instituto Estadual do Ambiente (Inea), que forneceram suporte para a realização da coleta de informações em campo.
Segundo a bióloga e assessora técnica do Inea, Mariana Oliveira, que acompanhou o trabalho em campo, essa parceria vai possibilitar o monitoramento das áreas para quantificar resultados durante o desenvolvimento do projeto. “É uma grande contribuição para o conhecimento da região e a linha de base da bacia hidrográfica. Quanto mais pesquisas e estudos, melhor para entender as necessidades ambientais das regiões atendidas pelo projeto”.
O estudo será concluído até o final do ano.
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