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Foto do escritorConexão Mata Atlântica RJ

Investimentos em Energia Solar: inovação, economia e sustentabilidade


Placas fotovoltaicas adquiridas com recursos de PSA do projeto Conexão Mata Atlântica. Foto: João dos Santos

Incentivar a inovação e meios que contribuam para a sustentabilidade da produção e dos negócios rurais também faz parte da missão do Conexão Mata Atlântica. Os produtores rurais contemplados pelo projeto no Rio de Janeiro vêm investindo os recursos de Pagamentos por Serviços Ambientais em diversas soluções inovadoras que agregam ainda mais valor sustentável à cadeia produtiva e oferecem benefícios ao meio ambiente.


A energia solar tem se destacado entre os projetos de Salto Tecnológico, como chamamos os investimentos realizados com os recursos de PSA. Dentre os mais de 150 projetos dos ciclos 1 e 2 do primeiro edital de PSA (02/2018), 16 foram destinados à implantação de energia solar.


Além de um bom investimento financeiro a longo prazo – com significativa economia na conta de luz – a energia solar é uma fonte limpa e renovável. Isso porque ela é produzida a partir do calor do sol – recurso inesgotável –, não emite poluentes na atmosfera e gera menos impactos ao meio ambiente, diferente de outras fontes de energia como a água (energia hidráulica - a partir do aproveitamento da água dos rios), carvão, petróleo ou gás.


Essa também é uma alternativa energética mais segura, especialmente diante da crise elétrica enfrentada no país, causada, principalmente, pela falta de chuvas, já que a maior parte da energia produzida no Brasil vem de hidrelétricas.


De olho nas oportunidades

Os produtores estão apostando na energia solar para garantir mais estabilidade no fornecimento de energia na área rural, além de reduzir custos. A produtora rural Maria Aparecida Muricci, de Porciúncula, é uma das beneficiárias do projeto que investiu nesta alternativa de energia na sua propriedade, a Fazenda Córrego do Ouro.

A proprietária Maria Aparecida Muricci e o pai, o senhor José, antigo proprietário da propriedade.

A cafeicultora concluiu, em junho, a instalação de um sistema com 16 placas fotovoltaicas, com capacidade para produzir, em média, 700 kwh por mês. A carga supre 50% da demanda das residências da propriedade e de equipamentos agrícolas usados na pequena produção de café, como o secador de café e uma serra circular.


O recurso do terceiro ciclo do primeiro edital (PSA 02/2018) ajudou a financiar metade de todo o sistema de energia solar. A outra metade foi com recurso próprio. Segundo Maria Aparecida, a economia chega a R$ 500 por mês. “Acho que foi o melhor investimento que fizemos. Além de ser uma energia limpa, reduz muito nosso gasto mensal. Pagamos apenas o custo da distribuição pela rede. Foi tão bom que estou complementando a outra parte a partir de um financiamento”, comemora a conquista.


João Muniz com as placas fotovoltaicas adquiridas com recursos de PSA. Foto: João dos Santos

Em Italva, o pecuarista João Muniz, também investiu em energia solar. Com os recursos do projeto financiou parte do custo de instalação de 50 placas fotovoltaicas, que tem gerado em média 1800 kwh por mês. A carga supre com folga a demanda da propriedade, que produz gado de leite e corte, ajudando a reduzir custos com energia do sistema produtivo, que conta com ordenhadeira mecânica e resfriador de leite, entre outros equipamentos elétricos.


Com a energia excedente, João também direciona parte da energia produzida para a residência da filha, que mora em outro município. Isso porque é possível compartilhar a carga com outros usuários através da rede de distribuição.


“Sem ligar o ar condicionado minha conta de luz estava vindo cerca de R$700, hoje gasto apenas R$100 e ainda sobra energia. Posso até aumentar a produção que não vou ter mais gasto com isso. Energia solar é um ótimo investimento, principalmente com essa escassez que estamos passando. O projeto deu uma pequena ajuda, mas foi um bom incentivo para fazermos essa melhoria aqui na propriedade”, diz o produtor.

O produtor Danilo Alves Rodrigues, que está adquirindo um sistema de energia solar com recursos de PSA.

O produtor Danilo Alves Rodrigues, do Sítio Santo Antônio, em Valença, é mais um beneficiário do projeto que viu na energia solar a possibilidade de continuar contribuindo com a preservação do meio ambiente. Ele acaba de concluir a compra dos materiais com o recurso do terceiro ciclo do Salto Tecnológico (Edital PSA 02/2018) para instalação de 16 painéis fotovoltaicos. O sistema tem capacidade de gerar, no total, aproximadamente 480 kwh por mês.


“É uma energia limpa e vai tornar minha propriedade ainda mais sustentável”, diz animado o agricultor, que com a economia na conta de luz pretende adquirir um tanque de expansão de leite para resfriamento da produção, além de voltar a usar a ordenhadeira mecânica, que está encostada por conta do alto custo da energia. Com isso, ele espera aumentar a produção, reduzindo os impactos ao meio ambiente.


É importante lembrar que existem sistemas de energia solar com diferentes capacidades, sendo necessário considerar os níveis de insolação da localidade e do clima, além da potência dos diversos modelos de placas ofertadas no mercado, avaliando quais melhor se adequam às necessidades da propriedade.


O projeto Conexão Mata Atlântica presta assistência técnica e orienta os produtores rurais sobre as melhores oportunidades de investimento de acordo com o perfil de cada propriedade e dos negócios rurais. No entanto, a decisão de como investir o recurso de PSA e a responsabilidade de execução do projeto de Salto Tecnológico é do produtor contemplado, que deve prestar contas da correta aplicação dos recursos.


Além da energia solar, diversos outros tipos de investimentos têm sido feitos pelos produtores, como a implantação e manutenção de atividades produtivas, reforma de infraestrutura rural, aquisição de equipamentos e implementos agrícolas, ações de manejo e conservação do solo, sistemas de irrigação, conservação e restauração, implantação e manejo de sistemas agrosilvipastoris, turismo rural, entre outros.


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