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Foto do escritorConexão Mata Atlântica RJ

Produtor do Conexão Mata Atlântica e parceiros recebem quatro premiações em concurso de café


Fábio e Graciela Alves, produtores contemplados pelo Conexão Mata Atlântica, e parceiros premiados. Foto: Luian Valadão

O produtor Fábio José Alves e a esposa Graciela – reconhecidos pelo projeto Conexão Mata Atlântica como prestadores de serviços ambientais pelo desenvolvimento de práticas produtivas sustentáveis – juntamente com parceiros que atuam na mesma propriedade, o Sítio Murupi, receberam, ao todo, quatro premiações no 3º Concurso de Cafés Especiais de Porciúncula.


Na categoria “cereja descascado”, o grupo conquistou os 2º, 3º e 5º lugares no concurso. O grupo de produtores também foi premiado em 2º lugar na categoria “natural”. A primeira colocada na “categoria natural”, a produtora Claudia Menin, de propriedade vizinha, embora não seja beneficiada pelo projeto, também aderiu às práticas incentivadas pelo Conexão Mata Atlântica e atua em cooperação com o grupo a partir de mutirões nas duas propriedades. Veja o ranking completo dos vencedores ao final.

Para Gilberto Pereira, coordenador executivo do projeto no estado do Rio de Janeiro, o resultado do concurso mostra a importância das práticas ambientais para o futuro da cafeicultura no estado do Rio, agregando qualidade, identidade ambiental e ainda mais valor ao produto. “As ações ambientais em áreas produtivas são importantes para a manutenção dos serviços ecossistêmicos, mas os produtores devem enxergar isso também como uma oportunidade de investimento e geração de produtos de identidade e qualidade diferenciada para sociedade ”, afirma.

O produtor Fábio, que também foi premiado na edição anterior do concurso como o terceiro melhor café na categoria "natural", acredita que a qualidade da bebida é consequência da produção mais sustentável e do cooperativismo. “As práticas de preservação e de manejo sustentável, além do carinho e capricho na produção e pós colheita são nosso principal diferencial. Foi muito gratificante pra mim e meus parceiros concorrer com mais de 40 cafés e nós de uma pequena propriedade termos conquistado quatro premiações. Esse foi o resultado de muito trabalho construído por muitas mãos”.

Agricultura familiar: Fábio e Graciela com os filhos, grandes incentivadores da participação no concurso. Foto: Luian Valadão

A participação da mulher na cafeicultura também foi bem representada nesta edição do concurso municipal de cafés. Entre os dez finalistas, quatro são mulheres. Graciela, esposa de Fábio, que participa ativamente da produção familiar, sabe o valor do seu trabalho. “Além de ser uma mão de obra a mais, nós mulheres temos um capricho especial desde a colheita à pós colheita, em especial na seleção dos grãos. Garante mais qualidade ao produto”.


A premiação, promovida pela Prefeitura de Porciúncula, Secretaria de Agricultura, Sindicato Rural, EMATER e SEBRAE-RJ, aconteceu na última quarta-feira, 26 de outubro, no distrito de Santa Clara. Estiveram presentes autoridades locais e da equipe técnica do projeto Conexão Mata Atlântica.

Café sustentável

Sítio Murupi, em Porciúncula, com produção de café consorciada com árvores nativas e frutíferas, além de práticas conservacionistas.

O produtor Fábio e seus parceiros têm investido na introdução de espécies florestais nativas e frutíferas na lavoura de café, arranjo agroflorestal conhecido como “café sombreado”. Esse sistema contribui, por exemplo, para a melhoria do microclima e manutenção da biodiversidade, além de possibilitar a diversificação da produção. O consórcio de árvores e outras culturas na lavoura de café também podem otimizar espaço, irrigação, adubação e o manejo.

Visita técnica com produtores à propriedade do Fábio e Graciela.

Com incentivos do projeto, estão desenvolvendo dois sistemas de Conversão Produtiva. O primeiro, um sistema agroflorestal diversificado com cultivo de culturas anuais, forragens (que geram renda sendo comercializadas como silagem) e árvores nativas e econômicas na mesma área. E o segundo, no qual têm consorciado à lavoura de café diferentes espécies de árvores, com cultivo de culturas agrícolas sazonais nas estradas e micro terraços em nível.


Na propriedade também são desenvolvidas diversas práticas conservacionistas, como os canais e barraginhas de contenção, além das estradas de colheita e micro terraços em nível, que geram melhor custo benefício para manejo e colheita, além de contribuírem para a conservação de solo e água da propriedade. O procedimento de implantação dos micro terraços em nível e o efeito de distribuição e infiltração de água em toda a encosta e de cima para baixo, vem gerando resultados positivos de produtividade e qualidade na lavoura da propriedade.

Essas práticas vêm sendo difundidas pelo projeto Conexão Conexão Mata Atlântica e replicadas por parceiros e vizinhos cafeicultores, colaborando com a valorização dos produtos, com a sustentabilidade das propriedades e com a manutenção de serviços ecossistêmicos fornecidos à toda a sociedade.

Ranking dos melhores cafés de Porciúncula

A terceira edição do concurso selecionou os dez melhores cafés do município nas categorias “café natural” e “café cereja descascado”.

Na categoria “café cereja descascado”, o primeiro lugar foi para o produtor Tiago Rodrigues Ricci (86,5 pontos). As posições seguintes foram ocupadas pelos produtores 2º lugar - Fabio José Alves (83,4 pontos), 3º lugar - Elcia Maria Soares (83,8 pontos), 4º lugar - Lucas Rodrigues Riccii (83,1 pontos) e 5º lugar - Guilherme de Souza Pereira (83,0 pontos).

Na categoria “café natural”, o primeiro lugar foi para a produtora Claudia Mirian de Oliveira Menin (85,6 pontos). As posições seguintes foram ocupadas pelos produtores 2º lugar - Graciela Soares de Souza Alves (83,9 pontos), 3º lugar - Maria Tereza Jesus Bento (83,1 pontos), 4º lugar - Lucas Rodrigues Ricci (82,1 pontos) e 5º lugar - Enio Marteline Nelis (80,8 pontos).


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